
No sistema fitogeográfico internacional, o pampa, é classificado como Estepe.
RESUMO
Apenas 50% da fauna araneológica da região neotropical é conhecida e as aranhas de solo formam um elo muito importante dentro das teias alimentares, servindo de alimentos a muitos animais e controlando outras populações, principalmente insetos. Este projeto será desenvolvido na biorregião do Cerro Verde, às margens do Arroio Monserrat, município de Sant’Ana do Livramento, fronteira seca com o Uruguai. Ressalta-se que desta região do estado não existem levantamentos araneológicos sistemáticos com protocolos definidos, seguidos de produção cientifica. Objetiva-se realizar um levantamento das famílias e espécies de aranhas de solo da região, estimando e relacionando a biodiversidade em áreas com diferentes coberturas vegetais. O método de coleta a ser utilizado será a armadilha de queda e com um total de 300 armadilhas por período sazonal, durante dois anos de coletas. As coletas serão trimestrais em cada subárea: Mata Ciliar (A), Zona de Interface (B) e Campo (C), as quais receberão 100 armadilhas intercaladas entre si com intervalos de 1 m, distribuídas em 10 transectos distanciados 2 m um do outro. O material obtido será triado, fixado e identificado ao nível de morfoespécies para caracterização da araneofauna de solo destas áreas. Os espécimes serão identificados aos níveis de família e espécie, com o apoio do Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantan – SP. Para as análises serão utilizados os programas Estimates, SPSS e BioEstat 5.0, onde a riqueza de dados obtidos proporcionará conhecimento sobre uma infinidade de aranhas e seus ambientes.
PALAVRAS-CHAVE: Aracnologia, Inventários Faunísticos, Ecologia e Evolução.
URCAMP - UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA
SUPERINTENDÊNCIA ACADÊMICA
Curso de Ciências Biológicas
Projeto: DIVERSIDADE DE ARANHAS DE SOLO DA BIORREGIÃO DO CERRO VERDE, MUNICÍPIO DE SANT’ANA DO LIVRAMENTO, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL (ARANEAE, ARACHNIDA).
Coordenador: João Anacleto Bitencourt; Biólogo Especialista, CRBio nº 41643-03
Componentes: Alcides Alberto Chaves Lopes (Graduando Ciências Biológicas); Celino Soares Fernandes (Graduando Ciências Biológicas); Luis Carlos Batista (Graduando Ciências Biológicas) e Pamella Bonatto (Graduanda Ciências Biológicas).
Colaborador: Prof. Dr. Antônio Domingues Brescovit – Curador da Coleção de Aracnídeos, Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantan, São Paulo,
Auxiliares Técnicos: Angelo Narciso Bitencourt e Alex Sandro Guimarães.
Instituição Sede: Universidade da Região da Campanha – URCAMP, Campus Universitário de Sant’Ana do Livramento, RS.
Macrófitas aquáticas ou plantas aquáticas vasculares são todas as plantas “cujas partes fotossinteticamente ativas estão permanentemente ou por alguns meses em cada ano submersas em água ou flutuantes em sua superfície”. Independente de aspectos taxonômicos, vários grupos de macrófitas são reconhecidos. No Brasil, a classificação comumente aceita refere-se a: macrófitas submersas (fixas e livres), flutuantes (fixas e livres), emergentes, anfíbias e epífitas (Fig. 1). Espécies dessas plantas, além de contribuírem para a caracterização de ambientes lóticos e lênticos, podem ser usadas como bioindicadoras da qualidade d’água, na despoluição de ambientes aquáticos, na alimentação animal, no controle da erosão hídrica, na produção de biomassa, na obtenção de biogás, no melhoramento físico e nutricional do solo (fixação de nitrogênio), na redução de turbulência d’água (efeito filtro) e na ciclagem de nutrientes (efeito de bombeamento), podendo ser usadas ainda como adubo e como variável importante no controle de vetores de doenças de veiculação hídrica.
For there are some plants which cannot live except in wet; and again these are distinguished from one another by their fondness for different kinds of wetness; so that some grow in marshes, others in rivers, others eve in the sea...Some are water plants to the extent of being submerged, while some project a little from the water; of some again the roots and a small part of the stem are under the water, but the rest of the body is altogether above it.
Theophrastus (370-285 A.C) in Sculthorpe (1985).
CLAUDIO ROSSANO T. TRINDADE.
Fonte:
Esteves, F.A., 1998. Fundamentos de Limnologia. 2ª ed. Interciência/FINEP. Rio de Janeiro. 602p.
Mitchell, D.S., 1974. Aquatic Vegetation and its Use and Control. Unesco, Paris. 135p.
Pedralli, G., Teixeira, M.C.B., 2003. Macrófitas aquáticas como agentes filtradores de materiais particulados, sedimentos e nutrientes. In: Henry, R. 2003 Ecótonos nas Interfaces dos Ecossistemas Aquáticos. RiMa, São Carlos 394p.
Pompêo, M.L.M., Moschini-Carlos, V., 2003. Macrófitas Aquáticas e Perifiton, Aspectos Ecológicos e Metodológicos. São Carlos-SP. Rima. 134p.
Sculthorpe, C.D., 1985. The Biology of Aquatic Vascular Plants. London: Edward Arnold (publishers) 610p.
Tundisi, J.G., 2003. Água no Século XXI: Enfrentando a Escassez. -SP. RiMa, IIE. São Carlos 248p.
Wetzel, R.G., 1993. Limnologia. 2ª ed. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1129p.